segunda-feira, 23 de maio de 2011

A CBAA/Sidrolândia e a Escola Estadual Vespasiano Martins promove campanha de mobilização no Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescente.

Na quarta-feira, 18 de maio Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças, a CBAA/Sidrolândia e a Escola Estadual Vespasiano Martins realizou uma Campanha de Mobilização na rodovia MS-162 "Geraldo Corrêa da Silva" na entrada do Distrito do Quebra Coco, com o objetivo de mobilizar e conscientizar a sociedade. Esta campanha foi promovida e organizada pela Assistente Social Cleonice Ricarti juntamente com o Diretor Gerson Furtado, pela Técnica de Segurança do Trabalho Elizabeth Genuário e pelos estudantes da Escola Estadual Vespasiano Martins do 2º e 3º ano do Ensino Médio do período matutino. Foram entregues para os motorista de veículos de passeio, caminhões, bicicletas e motoqueiros panfletos de material referente ao dia e os Guias do caminhoneiro do Programa Na Mão Certa. A professora Querlei Daniela Pit Cabbau realizou na Escola Estadual Vespasiano Martins um trabalho de orientação às crianças e adolescentes entregando também panfletos com o disque denuncia. O evento contou com o apoio e a presença da Polícia Militar do Distrito de Quebra Coco o 2º Sargento D. Soares Oliveira, Cabo Nereu Sena, Professora Marcia da S. Gomes, dos conselheiros Aide Barbosa, Adenilso Assunção, do motorista Paulo Cesar Dalvaker do Conselho Tutelar de Sidrolândia, a Secretaria de Assistência Social do Município de Sidrolândia forneceu todo material do evento e a empresa EMP Engenharia que gentilmente sinalizou a rodovia com cones no local do evento.



Essa é uma luta que devemos unir forças e nos empenharmos pela causa, essas crianças e adolescentes são o nosso futuro e precisam ser preservadas por nós, esta é uma forma de ajudá-las a terem um futuro digno, com uma profissão. Lembre-se, não é agressor apenas quem violenta uma criança ou adolescente, mas também quem se omite diante do fato.


Saiba mais

O Brasil, há 11 anos, considera o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, um símbolo da luta contra este tipo de violência. A data foi escolhida por conta de um crime ocorrido em 18 de maio de 1973, quando Aracelli Cabrera, de nove anos, foi brutalmente molestada e assassinada em Vitória-ES.
A data, criada pela Lei 9970/2000, tem o objetivo de mobilizar e convocar a sociedade brasileira a se engajar no enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes, bem como na defesa dos seus direitos.


Abuso infantil: 88% dos agressores fazem parte do círculo de convivência

Uma pesquisa realizada no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP) revela que o combate e a prevenção de abusos sexuais a crianças precisam ser feitos, principalmente, dentro de casa. Segundo o estudo, quatro de cada dez crianças vítimas de abuso sexual foram agredidas pelo próprio pai e três, pelo padrasto.

Os resultados foram obtidos após a análise de 205 casos de abusos a crianças ocorridos de 2005 a 2009. As vítimas dessas agressões receberam acompanhamento psicológico no HC e tiveram seu perfil analisado pelo Programa de Psiquiatria e Psicologia Forense (Nufor) do hospital.

Segundo Antonio de Pádua Serafim, psicólogo e coordenador da pesquisa sobre as agressões, em 88% dos casos de abuso infantil, o agressor faz parte do círculo de convivência da criança.

O pai (38% dos casos) é o agressor mais comum, seguido do padrasto (29%). O tio (15%) é o terceiro agressor mais comum, antes de algum primo (6%). Os vizinhos são 9% dos agressores e os desconhecidos são a minoria, representando 3% dos casos.

“É gritante o fato de o pai ser o maior agressor. Ele é justamente quem deveria proteger”, afirmou Serafim, sobre os dados da pesquisa, que ainda serão publicados na Revista de Psiquiatria Clínica da Faculdade de Medicina da USP. “As crianças são vítimas dentro de casa.”

A pesquisa coordenada pelo psicólogo mostra também que 63,4% das vítimas de abuso são meninas. Na maioria dos casos, a criança abusada, independentemente do sexo, tem menos de 10 anos de idade.

Para Serafim, até pela pouca idade das vítimas, o monitoramento das mães é fundamental para prevenção dos abusos. Muitas crianças agredidas não denunciam os agressores.

Elas, porém, dão sinais de abusos em seu comportamento, segundo Serafim. Por isso, as mães devem estar atentas às mudanças de humor das crianças. “Uma mudança brusca é a maior sinalização de abuso”, disse.

Disque 100 registra 52 mil denúncias de violência sexual

O serviço telefônico Disque 100, mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, registrou, entre 2003 e março de 2011, 52 mil denúncias de violência sexual (abuso e exploração comercial) contra crianças e adolescentes de todo o país. Oito em cada dez vítimas são meninas. O serviço funciona 24h e nos sete dias da semana.

De janeiro a março deste ano, o Disque 100 contabiliza 4.205 registros de violência sexual. No ano passado, foram mais de 12 mil registros. A média diária de denúncias aumentou de 84, em 2010, para 103 nos três primeiros meses de 2011.

Segundo a SDH, o Nordeste é a região de onde veio a maior parte das denúncias (37%). Em seguida vêm o Sudeste (35%), Sul (12%), Norte e Centro-Oeste (8%, cada um). Em termos relativos (denúncia por número de habitantes), o Rio Grande do Norte é o estado com o número de registros no primeiro trimestre de 2011. De janeiro a março, foram 13,29 denúncias para cada 100 mil habitantes.

Fontes: Meio Norte/http://www.vermelho.org.br

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